Escritas do fundo do mar

11
Nov 08
Perdoem-me o tom revoltado da escrita, mas por vezes é difícil conter a indignação perante a estupidez e a presunção. Introdução volvida, passemos à acção.

Personagens: um português, um australiano e um americano.

Enquadramento: o português alugou um equipamento ao australiano (e foi com ele que assinou um contrato). Esse equipamento tem um software desenvolvido pelo americano. Para funcionar em Portugal tem que ser traduzido. Por isso, o português recebe do australiano a versão inglesa, traduz e devolve em português para o australiano enviar ao americano, que integra no software a versão portuguesa.

Busílis: A versão portuguesa chegou ao americano em Julho, para possibilitar que o equipamento estivesse a funcionar em Outubro, Tal não aconteceu, e o equipamento leve já 7 semanas de funcionamento (com público a pagar), apenas em inglês!

Resultado: O português foi enviando e-mails ao australiano (como parte contratada) a perguntar quando é que estaria pronto, a falar dos prazos, e que era para ontem e afinal nem amanhã, e outras lamentações do género. Até que, HOJE chega um e-mail do australiano (reencaminhado do americano) com o novo software.

Indignação/Revolta/Estupefacção/etc.: Como o e-mail recebido tinha sido reencaminhado, podia ler-se o que o australiano escrevera ao americano e a respectiva resposta...

Australiano: Dear… (se fosse eu a escrever aqui punha Filho da ****!) para quando o software? Os portugueses estão a ficar preocupados.

Resposta da besta: Dear… diz-lhes que não se preocupem, afinal temos um Presidente novo!!!

WHAT THE FUC*??!! Alguém me explica o que é que tem a ver o presidente com o atraso? Será que temos a honra de ter um software desenvolvido pelo próprio presidente dos EUA?? É que assim eu percebo que ele não tenha tido muito tempo, com a campanha e tal… Mas quem é que estes gajos pensam que são?! Pelo meio da explicação, a Besta ainda diz: eles (que somos nós os portuguesinhos) que arranjem alguém com competências para trabalhar em Windows! (Ca filho duma ganda… americana!!)




Claro que aqui o tuga, ferveu o seu sangue luso e devolveu a resposta ao australiano agradecendo o envio (apesar do atraso), mas com cópia para o americano onde se podia ler em nota de rodapé:

Besta: Será que podia pedir ao seu Presidente novo, o favor de passar aqui para explicar aos visitantes portugueses o porquê de termos um software (pago por nós) com 7 semanas de atraso?! (tudo verdade excepto o nome da Besta!)



P.S. – Obrigado… estou mais calmo!
Bilhetado por Brunorix às 11:38

03
Set 08
Às vezes o trabalho dá para isto. São momentos diferentes e marcantes. Outros olhares para o mesmo espaço de todos os dias, e também de algumas noites. A perspectiva muda o sentimento e transforma o igual no diferente. Fico contente!







Bilhetado por Brunorix às 11:35
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01
Ago 08
Para último dia antes das férias, nada como 15 horinhas no lombo para esticar bem a pele das costas! A entidade patronal faz questão de vincar bem a sua posição de chefia perante o proletário:


- Trabalhador, ouvi uns rumores... onde pensa que vai amanhã?

- Bem senhor empregador, eu estava a pensar, se não fosse muito incómodo para sua excelência claro, em ir de férias, conforme tinha marcado já há 6 meses…

- De férias?! Amanhã?!

- Pois sabe, senhor doutor… empregador… patrão…(zinho?!), já tenho a casita marcada… e a família… e… queria sair cedinho de manhã…

- Bem. Muito bem, pode ir! Você até não é dos que se balda muito. Mas hoje tem que fazer mais umas horinhas, ok!?


E pronto! Toma lá mais 6 horitas só para acalmar as hostes. Só para o patrão não sentir muitas saudades. Tadinho!

Irra… classe operária sofre!

Boas férias!



Bilhetado por Brunorix às 22:22
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03
Jun 08

Pestes já passadas, fica sempre na chegada o intonso trinómio entre a viagem que termina, o prazer de regressar a casa e o desejo de nova partida. Tomadas as diligências de matar saudades e abafados os sentimentos de sofrimento distanciado, impõem-se o bulhão da labuta diária, aplacado pela certeza e a obrigação de que tem mesmo que ser.




A realidade cinzenta das obrigações, contrasta com o colorido do internacionalismo, da internacionalidade, e da alegria internacional da experiência vivida. Passadas as águas do sonho, está tudo na mesma apatia plúmbea e circular. Escondem-se os verdadeiros Eus na sombra tisnada da obediência não concordante e pelo aquiescer redutivo de quem não tem outra hipótese.

Envergonho a vontade que tenho em mim e não executo! Mandar tudo ao ar e partir atrás do sonho. Porque não? Medo do desconhecido ou facilidade da razão?! Sonho um dia dizer que não…
Bilhetado por Brunorix às 18:38

31
Mai 08

Sessões, sessões, sessões, das muito fracas às boas construções. Do saber ao fazer, o resultado fotografado. Louvo as originalidades, as imaginações e as boas conclusões. Aprecio as redes de partilha e o cartão para lá, cartão para cá.




Mais uma volta. Mais uma viagem! Brincámos da noite a ciência e saboreámos gastronomia experimentada, numa mistura próxima entre trabalho e diversão. Do objectivo do dia-a-dia, fizemos viagem às eternas crianças que nunca deixaremos de ser. Sabemos que fazemos o que soubemos que fizemos, e por isso, da experiência colhemos saudade…











Bilhetado por Brunorix às 15:41

30
Mai 08


O coração da cidade é atravessado por um rio que domina o seu palpitar. O nosso, palpitou também num jantar de gala a bordo do Europa, com direito a música ao vivo e cruzeiro nocturno no Danúbio referido. A brisa quente da noite foi sentida no seu terminar, no terraço de um centro comercial abandonado, transformado em bar e discoteca. A companhia holandesa com coffe, mas sem shop foi divertida e intercultural, deixando perceber que se eles tivessem mais braços, em vez de duas de cada vez beberiam as que conseguissem agarrar!





O calor vai sendo algo pegajoso, mas suamos a alegria da roupa leve e do sol que nos acompanha de sessão em sessão. Os encontros são mais que muitos e as diferenças entre as pessoas ainda mais. Do engravatado compulsivo, às botas de cowboy, passando pelo calção e t-shirt e acabando em apoteose na moda da sandália com meias, há para todos os gostos e temperaturas. Todos diferentes todos iguais, a tender para todos diferentes, muitos foleiros!




O calcorrear da cidade, coadjuvado com a interacção rabo-facial, faz badalar aquele que é o já mais famoso quarto de hotel de Budapeste: o 115 do Ibis Heroes Square . Da fama não tem proveito, mas diverte-nos muito. Ganda maluco!


Bilhetado por Brunorix às 16:54

29
Mai 08
Hungarian Natural History Museum (Budapest) - Do “internet café” da conferencia, tambem se alimenta o vicio, numa ode as maravillas da globalizacao tecnologica!

Cidade de grandes contrastes, entre a beleza de muitos edificios antigos, a sujidade e varias covas-da-moura. Falar e difícil, a nao ser para quem sabe hungaro, alemao ou russo. Os 35 graus de temperatura sabem que nem ginjas, que a proposito tambem estavam hoje na sopa do almoco juntamente com as amoras e amendoas – embora a sopa nao fosse nem doce nem salgada, antes pelo contrario – os precos sao acessiveis (1 euro = 250 forints), as pessoas contrastam um bocadinho com a temperatura, o Danubio (que separa Buda de Peste) da um ar ligeiro a baixa da cidade. O balanco e sem duvida positivo.

Entre as idiotices habituais de quem nao se gosta, a melhor companhia de alguns, as boas, as mas e as pésimas apresentacoes, a comida diferente, as 1000 pessoas de todo o mundo, os contacto que dai advem e as inevitaveis – e detestaveis - saudades, tudo corre bem pelos lados hungaros da conferencia.





P.S.1 – Afinal foi bom termos aprendido a acentuar na escola primaria, nao foi? Espero que se consiga ler…


P.S.2 - Foto de Alexandre Nieuwendam (o gajo e portugues!), para mostrar como esta pintada nos passeios a indicacao do local da conferencia.

Bilhetado por Brunorix às 16:42

17
Mai 08
Passagem rápida só para fazer um posté (que é como se diz aqui na França!), pois o vício não permite a não alimentação do blog. Dificulto da escrita a vontade, pois os teclados azerty tornam o escrever muito enganador!


Na senda continuada do País das Maravilhas, percebo finalmente a atitude Marantiana e Diapasional (portanto do Marante e dos Diapasão) do post anterior, que um homem trabalha para um dia regressar... a diferença é que eu não levei uma vida inteira, mas sim dois dias. Sou mais rápido a perceber! No entanto, concordo que a mulher portuguesa é a mais linda, sobretudo depois de ver o trambolhame francês! Vive la femme portugaise!




Bilhetado por Brunorix às 16:11
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