Escritas do fundo do mar

24
Nov 08

Terceira, e última, parte deste livro de estreia do Clube de Leitura do Bilhete de Ida. Agora que Tordo, isto é Ismael, termina a sua busca, chega-nos a primeira certeza: que pena chegar ao fim! Independentemente de qualquer análise ou opinião, este é sem dúvida um livro que deixa saudade e um ligeiro travo a lamento por não haver mais história.

Física e psicologicamente debilitado, o herói persegue a sua obsessiva procura por algo que não precisava procurar mais, a não ser por ele próprio. Esta viagem externa ao seu interior, quase lhe custou a vida e deixou-o marcado para toda. A leitura dos cadernos de Samuel e o desenrolar da teia…

Esta será a altura ideal para opinar a parte (terceira) e o todo. Quanto de autor se sente nesta “Memória”? Afinal, quem matou Fran Sakovski? O cruzar de histórias: o narrador e o fadista. Terá o final (co)respondido ao que se procurava?

Não perca a resposta a estas e outras questões, num Bilhete Comentado perto de si!







17
Nov 08
Animada troca de comentários largou do porto de uma primeira parte, rumando em mar calmo de opinião. Navegamos em direcção à continuação, na senda de agitar um pouco as águas da discórdia!

Depois da tareia psicológica (e da outra) infligida no leitor e no narrador no final da primeira parte, atingimos um capítulo de maior carga deambulante. O estilo do autor está adquirido, mas a distinção bem demarcada entre as duas partes, também se reflecte no desenrolar da escrita. Uma grande subida emocional e romântica da primeira parte e agora o levantar depois da queda. Algumas curiosidades se destacam e a trama enche de densidade o enigma.

Além de ser consensual, que não sabemos o nome verdadeiro do herói (embora continuem as referências a Melville, agora de Ismael passou a Bartleby), torna-se curioso o facto de não se perceber também a sua nacionalidade… ou será que se percebe? Outra curiosidade é o facto de esta parte acabar noutra tareia (esta bem mais violenta e com sequelas). Haverá uma ligação entre a violência sentida e a procura interna? E a externa…? Que sensações vos transmitiu esta parte por oposição/sequência à primeira? Que…? De…? Se…? Façam correr o sangue fervente nessas veias opinativas!





P.S. -Não se esqueçam das sugestões para a próxima leitura...

10
Nov 08
Sem grandes delongas opinativas, começam aqui e agora as primeiras conversas de partilha literária do Bilhete de Ida. Opto por não manifestar no post as minhas opiniões, para ter hipótese de o fazer também nos comentários (Bilhetes Comentados), tal como qualquer outro membro do Clube.

Este post vai ficar no "hall" do Clube 24 horas, mas sempre que quiserem explorar o "resto da casa", basta clicar nos links ali da barra lateral à direita. Podem comentar sempre que quiserem, tentando só falar da primeira parte esta semana.

Lanço algumas questões que podem ter interesse para explorar e para iniciar as hostilidades: a crítica parece ser unânime em referir que há autores que influenciam a forma e o estilo da escrita de João Tordo. Se notam isso, que autores vos sugere? Poderá ser considerado um autor romântico? Que choque provoca a crueza da morte de Kim acabando com um amor que mal começara? Que expectativas levanta esta primeira parte em direcção ao final do romance? Será esta parte sugestivamente fatalista? Sentem aguçada a veia do mistério? Que tipo de narrador podemos sentir? E as personagens, que caminho seguem?

Estes são apenas alguns exemplos do que podemos comentar. Escrevam das vossas sensações, pensamentos, ansiedades, expectativas e tudo o mais que aqui couber. A que vos sabe este romance? Façam-se ouvir e opinem. Opinem até à exaustão das ideias. Venham elas!




02
Nov 08
Inequívoca que foi a vontade dos passageiros leitores, em escolher o Hotel Memória do João Tordo (66% dos votos) para iniciarmos a viagem do Clube, aqui ficam as questões de índole prática:

- Até manifestação de todos em contrário, vamos marcar encontros semanais (às segundas-feiras) para analisar, discutir, comentar, criticar, sugerir e tudo o mais que surgir.

- No caso deste livro, vamos usar a divisão que o autor fez do mesmo em três partes. Assim sendo, vamos começar esta semana por ler até à página 74 (“Os Primeiros Tempos”).

- Fica marcado para dia 10 de Novembro (segunda-feira) a emissão do primeiro bilhete post(al) sobre esta primeira parte. A partir daí podemos esgatanharmo-nos todos em gladiações opinativas através do Bilhetes Comentados.

- Até lá, sintam-se livres para opinar em todas as direcções e sentidos. Apesar destas linhas directivas, aqui não existem regras imperativas. As regras, serão feitas por todos nós ao longo do caminho.


Observações finais:

Como não sei os ritmos de leitura de cada um de nós, opto por escolher esta periodicidade, por agora, até sentirmos que é curta ou longa de mais, ou até mesmo que é a ideal.

Não se esqueçam de ir sugerindo obras para a próxima leitura. Podem ser das que já foram a votação, outras do vosso agrado, outras que pareçam fazer sentido ler em conjunto e partilhar ou até que não façam sentido nenhum, mas simplesmente porque nos apetece. Vou tentar ser o mais democrático possível na eleição das obras para votação.

Façam ouvir a força das vossas vontades, escrevendo sobre tudo o que vos pareça ter lugar aqui. O que está bem, o que está mal e o que nem por isso. Ler e calar é que não! Opinar é sinal de estar vivo. Vivam este Clube com emoção literária!

Termino deixando esta prenda de incentivo que o João Tordo nos ofereceu, fazendo votos reforçados, que também ele possa vir dar opinião sobre as nossas opiniões.



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