... não avisámos que íamos estar de férias (embora se note muito pouco). Pelo facto, apresentamos as maiores desculpas aos nossos clientes e amigos.
Reabrimos para a semana.
... não avisámos que íamos estar de férias (embora se note muito pouco). Pelo facto, apresentamos as maiores desculpas aos nossos clientes e amigos.
Reabrimos para a semana.
Ainda os mais religiosos enrolam e desenrolam terços assassinos e já os aromas de África em chávena de emoção quente, nos sobem pelas narinas da leitura. Se ao sétimo dia tudo ou nada acontece, ao sétimo conto mudamos o rumo da curiosidade. A ciclista que se segue é a Ana Prado com a Flor de Café.
Calma… não se atropelem que só temos um teclado mas há espaço para todos deixarem a sua opinião. O ritmo louco deste Clube deixa alguns sem pedalada para estas bicicletas. É tudo uma questão de treino!
Amigos, ou não,
A amizade perde o valor que se pensa que tem a cada passo de surpresa. Nos verdadeiros momentos é que revelamos o âmago da nossa existência. Salve-se quem puder?! Pode ser, mas avisem. Os abraços de esforço que demos ao longo do caminho esfumam-se na primeira revelação. As fotos da verdade ficam na memória. Passou à história. Passou mas são páginas de um álbum que fica na prateleira.
O jardim em que cresceu o nosso entendimento murchou algumas circunstâncias e carece de água da vida. A pele seca ao sol da vergonha e estalou na ocasião. Agora só com cremes de consolo e banhos de partilha. A descontracção da queda do próximo é o assobio para o ar que não esperava ouvir. Gravei a música.
As cores da nossa viagem perderam o brilho das paletes de outrora. Continuaremos a pintar questões e ideias. Só as telas é que não são da mesma confiança.
O abraço de sempre (com amizade mais clara),
M. Logrado
Mãos de zelo aconchegam pêlo e amaciam a dor. A disparidade da dimensão tira pensamento e acrescenta preocupação. Ou então não. O desprotegido sentimento que nos forra a alma, cabe na palma da mão e brilha no fundo de um olhar que transpira apenas o que é. Não há amarras, nem ideias. Apenas o viver que se faz de um simples respirar, de uma existência breve mas verdadeira.
Fim-de-semana de grandes dimensões encheu os olhos de magnificas esculturas da imaginação. Mais do que uma moldadora de materiais Joana Vasconcelos é uma materializadora de ideias brilhantes. A utilidade dos objectos transfigura-se nas suas mãos enquanto os espaços se conceptualizam em linguagens multidisciplinares. Voar é divertido nas asas do sonho, desta artista. Muito bom. O jogo do fantástico e do chocante andam de mãos dadas nesta exposição.
No dia seguinte, no mesmo sítio, o que já passou nunca deixará de passar. O dia mundial da poesia foi de leituras sentidas e lágrimas sentadas. Os laços da família amaram os laços da palavra e o momento nasceu. Comoveu. Viva os verdadeiros poetas! Os poetas da palavra e do sentimento. Dedicatórias e outras vitórias também se fizeram ouvir. Bonito.
Já passou uma semana. As dores de cabeça são permanentes e os ouvidos incham de cansaço. Mesmo quando pára parece que ainda continua. É localizado mas está a toda a volta: vem de cima, vem de baixo, vem dos lados.
Ao fim do dia vai dentro do pensamento e só se desliga ao adormecer. De manhã recomeça. E vão ser 15 dias assim…
Estavam fisgados desde Abril de 2009. E não é que decidiram passar por cá?! Não contente com uma dei duas. Mentira! Na verdade dei uma e recebi outra. Seja como for depois de os ter visto a semana passada, irei ver amanhã outra vez! Demais?! Nah…
Embora adore instrumentos e admire muito a capacidade de os dominar, confesso que a música a cappella preenche as minhas fantasias de ouvinte em formato de orgasmos musicais. Que prazer se apodera de mim quando estes sons me entram pelos ouvidos!
Se os quiserem conhecer é só clicar na imagem.
Recebido:
1 - Uma alface assassina um homem.
2 - Causar efeito de perdão no leitor.
3 - 15 Minutos (revisto).
Devolvido:
Querida Alfácia,
É verdade. Tudo o que tens ouvido sobre mim é verdade. Fui eu que o matei e se fosse hoje voltava a matar.
Eu não podia ficar plantado à espera que as autoridades fizessem o que lhes compete. Sabes bem como é a justiça na nossa Quinta. A maneira bárbara com que ele te pisou as folhas, as dentadas nojentas que deu no Alfacinho e na Alfacinha. Eu não podia meu amor, percebes? Os nossos filhos morreram no prato enquanto nós sangrávamos na saladeira! Ainda hoje mexo mal o caule esquerdo. E tu minha Alfácia? Cheia de manchas castanhas e a cheirar mal enquanto as lágrimas de mãe te corriam pelas folhas do desgosto… foi demais para mim.
Ainda hoje penso que foi a mão de Deus que atirou aqueles dois garfos na direcção da testa dele, porque eu sinceramente não sei onde fui buscar forças para o fazer. Tenho recebido cartas de todos os legumes da Quinta a felicitar-me pela coragem e por nos ter libertado daquele malvado. Parece que a paz reina agora por aí.
Espero que compreendas minha Alfácia. Eu tinha que cumprir o meu papel de pai e de marido. É a última vez que te escrevo, pois estou na bancada da morte. Fui condenado à cozedura por panela de pressão. O meu corpo vai-se desfazer na água a ferver e passarei a ser um qualquer puré verde. No entanto, não me arrependo! Faria tudo de novo.
O Padre saiu daqui agora mesmo e até a última refeição dispensei. O meu último e único desejo é saber que me compreendes e que me perdoas.
Com todo o amor,
Alfácio
Se estás a ouvir, escuta a nossa vontade e vem cantar a mesma canção. Os acordes que sentimos são os teus e as melodias que nos palpitam são as mesmas. A vibração das emoções também seca as nossas cordas vocais.
Se estás a olhar, vê o nosso desejo e abraça a nossa ansiedade. Não te assustes com as mudanças porque o sentimento é genuíno e o querer tudo vence. Ansiar é o momento exacto que precede o passo no abismo. Juntos, levitaremos pelo vale.
Se estás a tocar, sente o tacto das nossas palavras e conjuga os nossos verbos. Somos todos peões no xadrez dos acontecimentos e o jogo do destino não é comandado por nós. As frases da nossa esperança estão escritas em todas as pedras, pretas e brancas. Se quisermos, o xeque-mate está no fim das nossas vidas.
Se estás a cheirar, deixa-te levar pelo olfacto da alegria e acredita na razão. Os braços dados com vontade edificam relações de futuro em andaimes de confiança. Os ventos que nos envolvem cheiram à brisa quente da tranquilidade.
Se estás a saborear, aproveita o doce do momento e trinca o amargo do passado. Deixa que o paladar da ternura te envolva as emoções e degusta sem rejeição os novos sabores.
Se estás aí… deixa que os sentidos façam sentido.
Enquanto os trajes ainda se arrumam nas gavetas nossa memória a pedalada continua em tons de capítulo seis. Com a falsa modéstia que caracteriza este porteiro do vosso Clube, chegou a vez de me abrir a porta e deixar entrar um outro eu que me habita na alma. O autor que me sigo vem daqui mesmo e pomposamente (e com a mania da grandezas) inventou um nom de plume. Senhoras e senhores: Miguel Aragonez e o Homem de Deus.
Compreenderei a falta de vontade em opinar tão paupérrimo conto, mas não se esqueçam que sei onde moram e que perseguirei os membros do Clube um por um sem excepção (o que me deve demorar uns 5 minutos) se cometerem a OUSADIA de não se manifestarem! Isto sem qualquer tipo de pressão sobre a liberdade e os direitos de cada um. No entanto, já sabem que… e eu sei onde… e não se atrevam… e etc…
Caros visitantes, leitores, seguidores, admiradores (ou não), bloguistas, amigos e familiares: ao quingentésimo post o Bilhete de Ida vem de armas, bagagens e outras postagens para esta casa. A vida está boa é para mudanças e todas as lufadas de ar são frescas.
A grande alegria que nos invade pela meta alcançada vai ser coroada com um ambiente novo e uma morada diferente. A partir de agora encontramo-nos aqui. Apareçam!
Se um dia o sol falasse iria dizer tudo o que eu estou a sentir. Cada raio que dele saísse seria um pensamento meu em direcção a ti. Durante muitos anos as nuvens impediram que a luz aí chegasse.
Mas hoje... hoje o vento da vida limpou o céu e o sol falou.
P.S. - Para ti, por todo o tempo que tivemos de esperar para que este dia fosse hoje.
Uma mão e três pés
Davam andamento ao caminho.
Uma mão e três pés
Deixavam escrever o livro sozinho.
Uma mão e três pés
Apertavam abraços de revolta.
Uma mão e três pés
Faziam da escrita a ida e a volta.
Um pé e três mãos
Vestiam laços sem aperto.
Um pé e três mãos
Calçavam sapatos sem conserto.
Um pé e três mãos
Desciam ruas de humor inclinado.
Um pé e três mãos
Davam os dedos lado a lado.
Um pé, uma mão, três mãos e três pés
Escreveram um poema de seis braços que não tinha pernas…