Tinha tudo embrulhado da mesma maneira já há vários anos, há vários natais, há várias reuniões de família. Este ano, no entanto, dei por mim a desembrulhar acontecimentos e momentos, imagens e mais paragens, convicções e outras ilusões.
Para minha surpresa, os interiores estão muito diferentes. Nem melhores, nem piores, apenas diferentes. Outras coisas nunca mudam e isso também é bom para voltarmos à casa da certeza com a segurança do conforto e o descanso de saber com o que podemos contar, ou não.
Mas a verdade, é que me deixei surpreender pelas mudanças. Acho que não estava preparado para olhar de outros ângulos, para sentir as diferenças com a naturalidade do caminhar no tempo e, sobretudo, para perceber que o meu interior igual não está preparado para as mudanças exteriores diferentes.
Foi um ano de desembrulhos surpreendentes.