Escritas do fundo do mar

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Dez 08
Rasguei as páginas do caderno uma a uma, amarfanhei-as na mão e atirei-as para um recipiente de lixo na plataforma. Cheguei à última página no momento em que o comboio saía.



Assim deixamos a última estação desta Trilogia, num conto misterioso, escrito na primeira pessoa, que narra uma viagem rumo ao desconhecido na tentativa de reconstruir o passado. O tema da identidade permanece quando um escritor desaparece e deixa a sua obra para o amigo publicar (o narrador), criando uma teia entre as duas vidas e as dúvidas do narrador em assumir, ou não, a entidade do autor. “Parece-me agora que Fanshawe esteve sempre lá.”

A mão que nos conduz nesta linha de intriga, grita de mistério aos ouvidos do nosso entendimento. Fechamos, assim, a porta deste Quarto que foi terceiro no seu todo. Opiniões precisam-se… urgente!




Bilhetado por Brunorix às 13:28

Sinto que acabou bem o que mal começou. Gostei muito deste. Onde tudo faz mais sentido, onde tudo se liga, onde se cruza o Quinn, que desapreceu, o Stillman, o eterno "lembrar-me quem eu sou." tão presente em todo o livro. Não vou rasgar "as páginas do caderno(...)" porque este encheu.
Venha o próximo livro!
Anónimo a 4 de Janeiro de 2009 às 16:21

É decididamente uma Trilogia e as três histórias são uma parte do todo, tendo a terceira um tom de corolário.

O cruzamento do já passado com o agora futuro, dá-nos alguma sensação de familiaridade, não deixando no entanto de perder a tónica mistério.

Foi um bom final, mas confesso não ser este o meu género preferido.
Brunorix a 5 de Janeiro de 2009 às 11:15

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