Escritas do fundo do mar

23
Mar 09
De novo, grito as entranhas da revolta mergulhado em sabor amargo de injustiça. As lassidões circunstanciais de delito infligido, cravam na carne da desonra setas de inverdades descontextualizadas de razão.

Aguentar faz parte do jogo, seguir em frente também. Mas perante a impotência da demonstração, fica a certeza de sabermos no interior o que está bem, o que é justo. Curto? Depende da dimensão do consolo.



Percorrer os campos da vergonha, agarrado ao vento do descontentamento, gritando a peito aberto contra a sacanice do próximo, acalma por momentos a revolta. Mas ela volta, e pudemos contar sempre com mais facadas de onde não esperamos. Entranhamos?

Como em todas as histórias sem final, cada capítulo ajuda a esquecer o anterior. A desilusão passa em cada frase e vai-se escondendo do pensamento. No entanto, e a qualquer momento, folheiam-se alguns passados ultrapassados – ou não – para lembrar que em qualquer orquestra há instrumentos desafinados.


P.S. – Dedicado à desigualdade e às chefias idiotas, aos árbitros que roubam e a outras cotas.



Se sofreu uma injustiça, console-se; a verdadeira infelicidade é cometê-la.

Demócrito

Demócrito de Abdera
(460-370 a.C.)

Bilhetado por Brunorix às 13:29

Sporting sempre!
Pedro Ladeira Barros a 24 de Março de 2009 às 15:14

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