Escritas do fundo do mar

10
Abr 08
Volto à praia da minha vida
Para ver a razão cumprida
Para acertar o relógio da mente
Que a qualquer momento sente
Que em toda a parte se parte

Sabemos do tempo que é tempo
Sabemos da vida que morre
Crescemos juntos ao momento
Crescemos juntos o sentimento
Andamos onde alguém corre

Damos as mãos de esperança
Sentimos em nós a criança
Fazemos do sonho razão
Acertamos agulhas de mar
Afundamos qualquer confusão

Se da escolha sabemos tirar
Se do caminho damos a volta
É porque temos vontade de dar
É porque queremos acompanhar
A paixão que o amor revolta

E porque da alma fazemos sentidos
Declaro ao vento da verdade
Sejam brandos os que estão perdidos
Sejam encontrados os perseguidos
Dêem as mãos os que não têm vontade

Bilhetado por Brunorix às 12:21

O "Dar as Mãos" está bom! Mas o último verso está excelente.

Ponto de exclamação.

JAG
a 10 de Abril de 2008 às 15:48

Acho que é título de algum livro, o comentário que me ocorre "quem me dera ser onda"...nessa praia.
Brutalíssimo : - )
filipa a 10 de Abril de 2008 às 21:11

Não é surpresa. Sempre esperei. Mais tarde ou mais cedo a poesia tinha que aparecer. É um poema meditado. E difícil: tenho que aprender a reler."Dêem as mãos os que não têm vontade" - fácil, é o caminho para o Mundo solidário. É por isso que o Mundo não é. Dífícil o poema porque tão fácil a solução. Já me contentava que as pessoas dessem as mãos quando tivessem vontade - ao menos tinham alguém por perto... Hei! Eu estou por perto, não te esqueças
Anónimo a 11 de Abril de 2008 às 00:31

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