Vivia então assim, na ilusão do rico pobre, que pensa sempre chegar ao fim, mas nem todos os meses sabe se cobre. Escrevia coluna social, que dava para os gostos e gastos. Não escrevia nem bem nem mal, mas fazia da opinião, afinal, a leitura de seguidores vastos.
Frequentava altas patentes em festas e ocasiões destas, mas cerrava sempre os dentes pelo esforço dos gastos latentes, florido de apertos e economias funestas. Mas eram ossos do ofício e tinha de picar ponto em presença, cobria de esforço o sacrifício e lá golpeava os ilustres com estocadas da sua crença.
Certo dia, agora exposto, estava o autor na amargura de não ter sumo na fruta nem matéria-prima desde Agosto. No jornal a coluna parada, fazia da escrita de Inácio, sempre com muito opiáceo, a sequela da história inventada. Precisava da luz a visão e na falta de abanão social, fez-se afoito à aventura da estrada e ao destino deitou mão. Deu-se mal.
Meteu foice em seara importante e galgou saias de esposa fina, conseguiu história em semana gritante, mas acabou depois diletante de uma tal de Madame Lina. Ficou da lembrança o mais giro e acabou mal tinha começado, pois marido resolveu questão a tiro e se esta página mais não viro é porque se finou o autor trespassado.
Termina assim coluna social, de um Inácio à procura de seiva. Incompetente no coiso e tal, escrevia nem bem nem mal pois nascera em berço de eiva. Moral da história pedante: não se procura destino forçado, mas espera-se acontecimento traçado em desígnios de acaso ofertante.