Se o bom filho à casa torna, o bom pai nunca de lá devia ter saído.
É a gestão dos tempos modernos, as 24h dos dias de hoje são mais pequenas que as 24h de os dias de ontem. Fazemos coisas a mais, dizem uns. As solicitações são maiores, dizem outros.
A insatisfação é inimiga do espaço vazio. Por isso, preenchemos cada nanosegundo com um minuto de vontade. Resultado: não dá para tudo. Deixamos projectos, ultrapassamos compromissos, esquecemos amigos, dormimos aos poucos, caminhamos em todas as direcções, deixamos abraços em casa… e no fim? Sorrimos de plenitude!
Estranhas vontades as nossas. O ritmo que impomos aos acontecimentos é mais rápido que a concretização. Drogamos as ideias para conseguir aguentar a passada. Até que nos passamos. Mas vamos… sempre a sorrir.
O cansaço do aço a bater no ouvido do descanso, abre buracos na parede da tranquilidade. Férias que não o são senão no papel, fazem pensar na saudade do tempo. Do tempo em que havia tempo. - Não digas isso. Há sempre tempo… pois há mas não chega!
Este, foi o que consegui arranjar.