Escritas do fundo do mar

02
Nov 09
Certo é que o domínio de uma arte, de um objecto, de um instrumento é sempre algo de sublime. Então quando se exerce esse domínio com a mesma naturalidade com que se respira, tudo se torna eterno e único. As notas desfilaram nos nossos interiores com a suavidade transmitida por um ancião musical, um mestre de melodias mais ou menos conhecidas, mas todas com um toque de magia.

Mais que o intérprete, louvo o criador. O criador de sonoridades que acompanharam grande parte da nossa existência sem muito complemento visual, mas que simplesmente sempre estiveram lá. Juntar, desta vez, a imagem ao som e ainda por cima a solo, teve o condão de nos fazer voar pelos sons rendidos à arte. E que arte. António Pinho Vargas A Solo, encheu um palco inteiro sem precisar de mais ninguém. Imperdível. É nestes pequenos pormaiores da vida que agradeço as oportunidades que se desfilam nas nossas existências. Obrigado pela lembrança e pela surpresa!

Embora as vivências não se transmitam com a mesma emoção com que se recebem, aqui fica uma das minhas favoritas que me acompanha o imaginário, felizmente real, desde 1987. Sem mais palavras que o momento é mais de ouvir do que de ler…


Bilhetado por Brunorix às 13:22

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