Ouvidos selectivos são filtros de indiferença. Traduzem o som da nossa voz em espaço vazio e o olhar na distância do acontecimento seguinte. O desgaste da incompetência destrói pilares de motivação. Com razão.
Produzem-se frases de opinião e espera-se o mínimo de atenção. Mas não. Nada. Vazio absoluto de interesse. Será o tom da pele? A cor do cabelo? Ou a falta de conivência com o sistema? Temos tema.
Na força dos intentos nasce a razão e recuar é como desistir. A rocha da convicção é o único porto de abrigo que não afunda na podridão de uma afinação geral. Bem ditas as vozes desafinadas da diferença. É uma luta muito dura, mas é connosco que adormecemos todos os dias e é preciso dormir tranquilamente para continuar a remar. A energia da certeza é que dá força ao viver. É preciso é querer.
Se unirmos as vozes que não têm som num uníssono grito mudo, conseguiremos chegar ao céu da indignação e deitar fora as línguas do desprezo. Unam-se as mãos!