Dois dias de poesia, quem diria, despertaram dragões de leitura racharam do peito armadura. Acendeu-se na alma o fogo da vontade escrita.
Dois dias de poesia, quem diria, fizeram calar preconceitos deixaram gritar outros feitos. Fugiram as vozes escondidas em envelopes de boca fechada.
Dois dias de poesia, quem diria, cantaram sons de outros tempos mostraram novos intentos. A música da arte em letras soou em pautas de descoberta.
Dois dias de poesia, quem diria, acordaram lides sabidas ouviram versões mais lambidas. Escreveu-se no destino dos sons a vontade dos deuses poetas.
Dois dias de poesia, quem diria, soltaram amarras de literatura suavizaram a escrita mais dura. Nos barcos do amanhã navegaram as frases de força sentida.
Dois dias de poesia, quem diria, ergueram torres no alto do sonho pintaram de azul o céu tristonho. Subiram-se escadas de palavras em passos de gigante leitor.
Dois dias de poesia?! Quem diria!