Escritas do fundo do mar

18
Mar 09
Cheirava-me sempre a dores nas costas. O meu Avô pagava-nos a 25 escudos o balde e uma semana de cheiro dobrado rendia aí uns 4 ou 5 baldes com brincadeira à mistura. Coisa pouca para tanta dor e tanto cheiro, que por sinal ficava nas mãos e no resto das férias. O calor Ribatejano no Verão da memória, não ajudava a que desaparecesse.

Algumas notas perfumadas de cansaço, no dia de receber ajudavam a esquecer o cheiro pegajoso e frutado que se entranhava nos lombos vergados. Como a vontade era pouca, um Verão de cheiro intenso e dorido, rendia 150 a 200 escudos. Enjoei o rendimento.

Pelo sim, pelo não hoje em dia não como figos… é que ainda me doem os cheiros das costas.



(Márcia e Marol deitadas na praia quando passa um barco)

Marol – Ai Márcia, olha só aquele borrachão a acenar com uma bandeirinha ali no barco!
Márcia – Onde? Onde?

Marol –
Ali aquele da tanguinha branca. Ai filha e eu sem nada para acenar também.

Márcia –
Ai não sejas parva, acena o cu Marol.



Bilhetado por Brunorix às 11:14

Março 2009
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4
5
6
7

8
9
13
14


22
25
27
28

29
30


BILHETE`S DIVER
EMÍLIO DO BILHETE
bilhetedeida@gmail.com
Encontrar Bilhetes