Escritas do fundo do mar

10
Dez 08
Muito bom! Roubei aqui porque merece divulgação.



"Star Wars" - an A cappella tribute to John Williams



E tão bom como ou melhor que ou tanto quanto... acrescentei este:



Axel F Human Version
Bilhetado por Brunorix às 18:16
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Condicionantes: Ambiente de casal. Falar de A, através de B. 15 minutos.

A – Um mata o outro
B – Fazer a barba / Passar a ferro




Fazer a ferro a barba passada

Manuel Joaquim gostava de fazer a barba no banho. Enchia a banheira de água e sentava-se lá dentro. Depois pegava na máquina e cuidadosamente (para não molhar o fio) barbeava-se ao som do seu trauteio.

Em cada dez vezes que o fazia, ouvia onze:
– Oh homem! Tu qualquer dia deixas cair a máquina na água e depois vais fazer a barba, mas é para o outro lado!

Indiferente a estes reparos, mantinha este hábito todas as sextas-feiras ao fim da tarde, quando se arranjava para ir sair… com a(s) outra(s). Este facto, quase consumado como hábito, era sabido e aceite. Talvez mais sabido que aceite, mas talvez… ou talvez não!




O que é certo, é que nessa sexta-feira, última de vida, enquanto Manuel Joaquim se barbeava com a alegria semanal, Dulce Maria foi passar a ferro na casa de banho.

– Querem lá ver isto!? Emparvaste de todo, mulher?!
– Oh querido, deixa-me estar aqui contigo um bocadinho… depois vais-te embora e só te vejo amanhã. Assim, enquanto eu passo vamos falando!

Estranhando de morte (mal ele sabia!) esta atitude, continuou na demanda pelar desbastando com inquietação. Mais estranhou, quando o habitual reparo da máquina foi substituído por um:

– Estou a passar a tua camisa pérola de folhos, que é para ires bonito.

Se estivesse a comer tinha-se engasgado, mas como não estava prendeu apenas um pêlo do bigode estimado, que não era suposto cortar. Mirrava a sua masculinidade na banheira, perante a estupefacção e o assombro. Só podia ser loucura!

– Queres que passe as calças castanhas de bombazina? Ficavam bem com esta camisa.

(silêncio)

– Dulce Maria… estás bem filha? Estás a começar a assustar-me.
– Ora essa?! Porquê? Por não querer o meu homem a sair todo maltrapilho com outras mulheres?
– Oh Dulcinha… quais outras mulheres? Tu achas que eu era capaz… eu vou jogar poker com os amigos…
– …

Perante um encolhimento masculino em banheira onde já não havia boa esperança, agigantou-se um Adamastor de ferro na mão, bramido ao compasso de um olhar furioso de muitos anos de tormentas.

Um ferro largado do cabo da certeza, acabou por ser a tempestade em banheira de água.
Bilhetado por Brunorix às 12:56

Condicionantes: Ambiente de casal. Falar de A, através de B. 15 minutos.

A – Sogra lá em casa
B – Fazer zapping / Ler revista




Folhas e Canais

A cada folha que passava, um canal mudava no plasma. Uma revista lida em crescendo rasgar, fazia dos 10 segundos de cada imagem televisiva uma história só. Uma folha, um canal, uma folha, um canal, uma folha rasgada um comando que caía no chão, uma folha, um canal…

(pausa)

– Interessante este artigo… - Iniciava Joana de mansinho - É sobre famílias que abandonam idosos.

– Este programa também é muito interessante… é boxe tailandês!

– Ai que horror! Vê lá tu que há pessoas que no Natal vão deixar os velhos nas urgências dos hospitais!

– Pois é, que horror! Já viste como ele tem o olho a sangrar?! Ca ganda soco! E o árbitro ia levando também!

– Eu cá não era capaz de fazer isto a ninguém… nem à tua mãe! Se bem que ela ainda tem o teu pai, agora a minha…

– Em cheio no estômago! Viste?! Estes gajos têm uma agilidade. Parece que não lhes dói nada!

– Agora que a minha tia morreu… está a velhota lá sozinha… e o pior é que já não se aguenta muito bem de pé…

– Olha, olha… aquele também não! Ca ganda tareia que ele está a levar!

Uma folha, um canal, uma folha, um canal…




– Oh Ricardo… já pensaste bem?! É a minha única mãe! Coitada…

– Epá, ca ganda frango! É assim que querem ganhar campeonatos?! Eu descontava-lhes era no ordenado… francamente pá!

– Ela até podia ajudar com os miúdos…

Uma folha, um canal… Uns minutos de National Geographic depois…

– Já viste estas tribos africanas?! Quando morre o chefe da tribo, enterram a mulher também. Engraçado…

– Engraçado?! - Exclamava Joana remetendo a sua raiva ao folhear desenfreado - És mesmo insensível!

– Insensível?! - Gritou Ricardo aumentando o volume da sua televisão interna - Eu sou é muito sensível, por isso não quero nem ouvir falar da tua mãe cá em casa!

- Estúpido!

Uma folha, um canal, uma folha, um canal…
Bilhetado por Brunorix às 12:14

09
Dez 08
De primeiro - A páginas tantas, em romance de Saramago (Ensaio Sobre a Cegueira), deparo-me com um deve de ser, um deviam de ser e um devem de ser. Arrepiado do meu pseudo-conhecimento, comecei a estranhar, não só que existisse um erro em texto de Saramago (tão exigente de sua escrita), como ainda por cima um erro que se repetisse!

Mau… tu queres ver?! Não… não pode ser… isto não se diz, nem escreve assim. Eu sei, toda a vida aprendi isso… deve ser gralha de revisão, ou qualquer coisa. Será mesmo?! Remoí as entranhas da convicção e fui procurar… e descobri! Devia de ser proibido escrever assim!

De segundo – A cruzamentos tantos, dou por mim a contorcer o pescoço (e se de carro é perigoso, de mota ainda pior) para olhar para aqueles outdoors. São verdadeiros atentados ao trânsito público, à moral já não digo, e um convite ao acidente. Por isso, a Irina Sheik, que dá 15 - 0 na Cláudia Vieira (Cláudia desculpa, eu até sou bem nacionalista, mas as coisas são como são) também devia de ser proibida, porque qualquer dia ainda nos estampamos! Não é Rei Leão?!



Bilhetado por Brunorix às 18:22

Coisas que não sabia, outras que nem por isso e muitas que não podia mesmo, ou não fossem fruto de ficção cozinhada. Mas provei e gostei. Cinema português em sabores diferentes, com acção in media res e a mística da vida e da morte polvilhada a gosto. Muita música (claro!) e algumas muito boas e refogadas interpretações, sobretudo de Sandra Barata Belo como prato principal. Polémica q.b. também me ajudou a gostar! Nem tudo é perfeito e uma pitada aqui e outra ali, todos gostamos de juntar, mas no final o prato saiu a meu contento.

Recomendo e deixo um aperitivo para degustação…





E uma sobremesa, concerteza!
http://www.amaliathemovie.com/pt/
Bilhetado por Brunorix às 12:57
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O acaso é, talvez, o pseudónimo de Deus, quando não quer assinar.

Théophile Gautier




Bilhetado por Brunorix às 12:21
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08
Dez 08
Neste Clube de leitura, democrática, a vontade dos leitores é soberana. Embora muito renhida, a votação ditou que a próxima leitura será A Trilogia de Nova Iorque de Paul Auster.




Este livro, tão a jeito dividido em três, ou não fosse uma trilogia, permite que a discussão semanal se foque numa história de cada vez. Posto isto, vamos ler até à próxima segunda-feira (15/Dez) a primeira das três logias: Cidade de Vidro.

Nesse dia será lançado o convite à discussão. No entanto, e até lá, sintam-se livres de alvitrar ideias.

Bem-vindos ao mundo Austeriano. Boa leitura!

Bilhetado por Brunorix às 21:02

05
Dez 08
Uma névoa de incerteza abateu-se sobre o seu desejo. Não sabia como lidar com o contraste de vontades, mas os lascivos pensamentos toldavam-lhe o espírito e a razão. O que parecia bem ao exterior, não se coadunava com a vontade interna.

A sua batalha mental, criava uma apatia amorfa que não a impelia em direcção nenhuma. Deixou-se ficar. Quando os olhos correspondentes tocaram os seus, a batida aumentou. O sangue ferveu mais depressa, e o desejo dava passadas largas para o lado do preconceito, eliminando furiosamente o que sabia ser um pré-conceito.

Não era claro no seu corpo aquele sentimento novo e não se sabia desejável de olhar. Enquanto ia descobrindo esses novos caminhos, os olhos opostos levantaram-se na sua direcção. De um olhar passaram a um movimento. Mais depressa do que o entendimento conseguisse explicar, já estavam à distância de uma pestana. Os hálitos a desejo misturavam-se num cocktail de vontades, sabidas por um lado e inexploradas por outro. Cheirava a lábios quentes, que sem palavras se tocaram.

Um arrepio de concretização percorreu todo o seu corpo. Deixou-se sorrir. A vergonha de nunca ter percebido, baixou-lhe o olhar por momentos. A frase da tranquilidade, veio no sentido da salvação:

- Não tenhas medo. O teu sorriso diz tudo.

Uma mão em formato de convite, arrastou-a para uma cama sem público. Deitada de costas sobre a vontade, fechou os olhos e deixou-se levar. De novo um beijo quente juntou-se na sua boca. Desta vez, uma língua compareceu no bailado e apimentou a doce a barreira já passada. Palavras de confiança sussurradas em ouvido lambido, permitiram roupas a menos e desejos a mais. Uma boca experiente deslizou no pescoço da expectativa em direcção aos seus seios. Mordiscou-os como ninguém e fez crescer de vontade a dureza que sentia.

Enquanto viajava nas asas da luxúria, dois dedos entravam na sua húmidade, num vaivém de súplica ardente. Completamente entregue na dança de sensações, olhou aquele corpo tão diferente de igual que era e quis retribuir na imaginação da vontade. Agora, era a sua língua que deslizava na direcção de uma húmidade tão quente como a sua e que cheirava a sabedoria lasciva. Como se de uma boca se tratasse, beijou aqueles lábios numa avidez de descoberta e de uma só volta, sentou o seu interior noutra boca que a chamava. Todas as bocas se confundiam numa só e aqueles dois corpos encaixados, pareciam peças da mesma vontade. Dançavam, esfregavam, contorciam… lambiam gritos de prazer.




Mais uma volta na volúpia, e os seus seios roçavam noutros tantos numa dança erótica a quatro mamilos. O crescimento não parava e da gaveta das vontades surgiu um vibrar desconhecido. Apresentado de seguida, passou na fronteira da loucura como se sempre lá estivesse estado. Os corpos amavam-se em redondo e conheciam-se de prazer por completo. Partilhavam-se cada vez mais avanços e as ofertas orgásmicas surgiram na naturalidade das trocas.

Extasiados corpos gritaram para o lado e abraçados em descoberta de partilha, adormeceram no conforto da certeza, afastando a névoa inicial.

O sorriso da confirmação foi o último a chegar e encarregou-se de juntar os despojos da festa, deixando a casa arrumada para o dia seguinte.
Bilhetado por Brunorix às 18:46

1 - Onde estão os empregados de mesa portugueses? Fechados numa cave? Emigraram para outro país? Não há estabelecimento de restauração que se preze que não tenha um empregado brasileiro, ou dois, ou todos!

Não tenho nada contra eles, até são bem simpáticos como é apanágio dos oriundos do Brasil, mas há duas sensações que picam ligeiramente o meu desconforto. Primeiro, o facto de sentir falta de empregados a falar português de Portugal e que me façam sentir em que país é que estou, em segundo, a exploração implícita, tanto dos brasileiros que estão a ganhar ordenados de 4º mundo, como dos portugueses que por não quererem ordenados de 4º não conseguem empregos com ordenados de 3º porque estão ocupados pelos brasileiros.




2 – Onde está o Natal dos sentimentos? Fechado numa cave? Emigrou para outro planeta? Cerimónia religiosa à parte, que a mim não me diz nada, cada vez mais sinto o Natal como um negócio.

Das muitas coisas que me confundem, um exemplo. Anúncio radiofónico da Staples (que até costumo achar piada pelos actores), uma criança pede à mãe um Kit Tech-Emotions. É verdade que é um bolo maravilhoso, recheado de computador, gps, máquina fotográfica, viagem, actividades radicais, três quartos e casa de banho, um automóvel e o diabo a 7 (ou 8, já não sei), enfim… um mundo de exageros devidamente empolgados nesta descrição. Mas o importante, é que esta criança “exige” uma prenda de 800€! Coisa que um empregado de mesa de 3º mundo não deve ganhar e que quase deve pagar a dois de 4º!

A festa comercial em que se transformou o Natal, deixa-me entristecido. Encolhe-se-me o pinheiro da magia, fundem-se-me as luzinhas da imaginação, partem-se-me as bolas (esta é mesmo forte!) da partilha, gastam-se-me as prendas do esbanjamento e enchem-se-me os doces da troca porque tem que ser…




3 – Onde está a resolução destes problemas? Fechada numa cave? Emigrou para outro blog? Não! Está aqui mesmo:

Este Natal ofereça empregados de mesa portugueses! Por cada dois empregados de mesa portugueses oferecidos, receba de volta 5 empregados de mesa brasileiros para oferecer a instituições de caridade! Promoção sujeita ao stock existente! Concurso aprovado pelo Governo Civil de Qualquer sítio, sujeito à taxa AEG de 250% ou à Euribor (parece que vai baixar!)…


Agora a sério… Feliz Natal! (comercial ou dos outros)



Bilhetado por Brunorix às 14:21

04
Dez 08
Calma, não estamos a ficar contaminados pela cegueira branca saramaguiana, nem o “mal-branco” (muito em voga) chegou a este filme (apenas o mal-filmado), mas branca ternura, em branco sofá, pelas inquilinas brancas, dá qualquer coisa como isto…



Mais uma vez, mostramos à saudade do viajante que a harmonia reina numa tranquilidade de partilha. Estamos todos ambientados e a entendermo-nos muito bem. Partilhamos refeições e dormidas, brincadeiras e outras asneiras. Até já nos fechamos uns aos outros nos armários!

Por isso, deste lado do mundo para esse: estamos bem! Que aliás é como convém, porque em casa da amizade, tá tudo branco e é mesmo verdade!
Bilhetado por Brunorix às 17:56

Cinéfilo mês o que passou, graças ao cartão mágico. A vantagem de não pagar o que já está pago, leva-nos a sentar com frequência perante o grande ecrã. Assim de repente, entre frio e castanhas viu-se:

Em Bruges



Destruir Depois de Ler





007 – Quantum of Solace



A Dupla Face da Lei



O Corpo da Mentira



Em destaque fica 4 Noites com Anna, por uma questão cronológica (foi o último) e por ter dedo português e por ser, talvez, o menos conhecido. Depois de morto na adega da Quinta da Condessa sádica, Paulo Branco volta agora como produtor deste filme. Aqui fica uma história de amor diferente…

Bilhetado por Brunorix às 13:27
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- Olha as calcinhas da Vanda! Calcinhas da moda a 5€!
- Quero umas, meta aqui neste saco sff… se calhar não cabe…
- Cabe! Dê cá ca Vanda mete!



Bilhetado por Brunorix às 11:39

03
Dez 08
1. Sebastião nasceu branco no Sal, viveu verde no Cabo e morreu preto na Mina*.

2. O dia casou-se com a noite e tiveram um filho: o crepúsculo. Depois divorciaram-se e decidiram manter uma custódia alternada. Nunca mais se juntaram os três.

3. Trinta anos a ensinar, três filhos, cinco netos e uma vida inteira de amor e partilha deixam-me morrer em paz. Disse ela, antes de fechar os olhos pela última vez.

4. Era uma vez uma história que já não era, porque acabou antes de começar e começou assim que acabou.

5. Vroomm, vroomm, baaaaaaaa... baaaaaaa... baaaaaaa... hiiiiiiiiiii, escarabummm!! Tinóni, tinóni, tinóni. Tan, tan, tan, tan, tan, tan, tan, tan, tan, tan, tan. (marcha fúnebre)




*Mina – Freguesia da Amadora

P.S. - Duas linhas em Word.

Bilhetado por Brunorix às 17:04

02
Dez 08
(em brasileiro arranhado)

Do lado de cá do oceano não se percebeu. Oi?! Não me lembro, nem sabia de tal coisa e nem marrei como boi. Mas foi?! Se foi, não teve importância, nem fez da tal discordância, pevide que rime em melância!

E se não percebo da vontade, não faço da questão saudade e quero ver você de verdade. Porque, veja bem: se da picanha eu fosse fatia, sê era feijão que eu comia e não táva nem aí de zangão, sê não acha Titia?! Não faz sentido não, mais rima de coração!

Até dou orelha pa você mexer, sento junto e falo só com prazer. Baixa aí a guarda mais fria, que tou mêmo é sendo franco, não era assim que eu queria, mas serviu de lenço branco?!

Um bêjo assobrinhado!





P.S.: Volta logo pa eu te abraçar de esclarecimento! :)
P.S.2: E se foi no período AB (antes-blog) eu podia ser outra pessoa!
Bilhetado por Brunorix às 17:29

TEXTO D (perspectiva à escolha)

"4ª Pessoa” – O Saco


Ser saco é ser mais alto. É ser maior do que um balde, plastificar como quem reja, é ser plástico e dar como quem seja, rei do reino da transformação sem pudor!

Florbela Esplástica



No Planeta Plasticúrio, um saco está no topo da cadeia plástica de transformação. Tudo o que em nós entra de uma maneira, avança ou recua na sua própria linha temporal. Embora me sentisse bem no meu planeta, estava cansado de transformar plástico e decidi viajar. Apanhei boleia de uma sonda terrestre e mudei de ares!

Gosto das novas transformações que faço, que aqui se traduzem em recuar ou avançar idades de pessoas (os habitantes deste planeta) e/ou mudanças de sexo (o que no meu planeta seria mudar de saco para saca e vice-versa). Houve um grupo que me apanhou (numa zona chamada Felgueiras) e que descobriu o que podia fazer comigo. Usaram e abusaram de tal maneira, que decidi fugir. Por isso, estou agora mais para sul num parque de uma outra cidade.

Já estava habituado a viver neste parque, quando senti que tinha sido descoberto pelo grupo de Felgueiras. Numa noite plástica destas, deixava-me deslizar pelo parque, transportado pelo vento, quando vejo um membro bebé do grupo a gatinhar desalmadamente em direcção a mim.

Num banco, com olhos, mais atrás, estava sentado um humano de consideráveis dimensões que olhava atónito e ofegante para o bebé. Pareceu-me que esboçava um esgar de tentativa de movimentação, mas não passou disso mesmo, pois não se mexeu nem um milímetro.

Enquanto eu aventava fugidiamente, senti que um arbusto (também com olhos!) me agarrava por trás (cobarde!) o que permitiu que o membro bebé conseguisse entrar em mim. Experimentado que estava no meu uso, rapidamente fez o que devia para se transformar. No entanto, esqueceu-se que eu estava agarrado pelo arbusto e enquanto eu esticava, esticava na transformação, passou tempo demais e o membro saiu já velho.

Mas foi aqui que eu fiquei plasticamente atónito. Quando o velho saiu de mim, um bando de humanas histéricas e nuas, saltaram-lhe em cima e imobilizaram-no no chão prendendo os seus braços e pernas com algemas. Nisto, o arbusto levantou-se e o banco também, embora não parasse de gemer, numa confusão de humanos e sirenes e gritos histéricos e aproveito que ninguém vê e deixo-me ir com o vento!

Fui!




Bilhetado por Brunorix às 12:46

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