Escritas do fundo do mar

15
Dez 08
“Que acontecerá quando já não houver mais folhas no caderno vermelho?”. Estas foram as últimas palavras escritas de Daniel Quinn (que podia ser Dom Quixote, por iniciais), antes de desaparecer.

Esta primeira história da Trilogia, que também pode ser lida em formato BD, mistura real-ficção com mistério-fantástico. A brilhante tríade narrador-autor-personagem, baralha-nos da confusão o prazer da leitura. Paul Auster entra e sai do enredo como espectador participante. Uma originalidade ímpar na escrita misteriosa, deixa-nos sem perceber bem a fronteira do concreto e o horizonte da fantasia. Que pensar de tudo isto?! Quantos narradores existem?




A amálgama de certezas incertas, dão mote a uma constante dúvida no dado adquirido... ou não! Uma história sobre histórias, que cruza o que pensamos saber com o que podemos ficar a pensar.

Interpretações muitas, poderão sair da leitura de cada um: o escritor que se refugia no pseudónimo, a tragédia não sabida sobre a sua família, a misteriosa verdade dos Stillman, o autor como participante, o desaparecimento de Quinn...

Neste segundo livro do Clube, façam da opinião a partilha do entendimento. Perguntem, respondam, comentem, alvitrem... participem!



P.S. - Próxima 2ª feira (22/Dez), falaremos da segunda história: Fantasmas.


Na aurora da cidade onde todos dormem, menos eu, nasceu uma nova vida de confiança. Um espírito que caminhará livre onde os outros se sentam, que se deitará onde ninguém quer estar, que dormirá onde todos acordam.

No entanto, é madrugada nessa nova vida. O amanhecer sente fome no pensamento que o impele para o caminhar. A tarde faz partir e a noite senta as ideias, obrigando a fazer do sonho o andar de amanhã. Urge escrever na dor e sentir força no que não apetece. Acontece.




És o homem do teu amanhã e a criança do teu ontem, porque fizeste desta passagem um crescimento válido para a viagem seguinte. Foste ouvinte. Soubeste escrever no caule da verdade, a determinação das tuas folhas, dos teus troncos. Deixa, não ligues aos ventos broncos.

Encontra em cada camada do sonho, a análise estratigráfica do teu sentir. Escava, mas não te deixes fugir. Abre a porta da coragem e deixa entrar os maus momentos. Sentem-se na sala do destino, discutam planos e plantas tracem mapas e linhas tantas.

Depois, sorri para a vida com a pureza do teu interior e com o espírito são de homem bom, agarra o amanhã como se não houvesse ontem! De caminho, leva estes abraços de escrita.




P.S. – Efeitos de uma insónia a pensar em ti, !
Bilhetado por Brunorix às 08:23

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