Escritas do fundo do mar

02
Dez 08
(em brasileiro arranhado)

Do lado de cá do oceano não se percebeu. Oi?! Não me lembro, nem sabia de tal coisa e nem marrei como boi. Mas foi?! Se foi, não teve importância, nem fez da tal discordância, pevide que rime em melância!

E se não percebo da vontade, não faço da questão saudade e quero ver você de verdade. Porque, veja bem: se da picanha eu fosse fatia, sê era feijão que eu comia e não táva nem aí de zangão, sê não acha Titia?! Não faz sentido não, mais rima de coração!

Até dou orelha pa você mexer, sento junto e falo só com prazer. Baixa aí a guarda mais fria, que tou mêmo é sendo franco, não era assim que eu queria, mas serviu de lenço branco?!

Um bêjo assobrinhado!





P.S.: Volta logo pa eu te abraçar de esclarecimento! :)
P.S.2: E se foi no período AB (antes-blog) eu podia ser outra pessoa!
Bilhetado por Brunorix às 17:29

TEXTO D (perspectiva à escolha)

"4ª Pessoa” – O Saco


Ser saco é ser mais alto. É ser maior do que um balde, plastificar como quem reja, é ser plástico e dar como quem seja, rei do reino da transformação sem pudor!

Florbela Esplástica



No Planeta Plasticúrio, um saco está no topo da cadeia plástica de transformação. Tudo o que em nós entra de uma maneira, avança ou recua na sua própria linha temporal. Embora me sentisse bem no meu planeta, estava cansado de transformar plástico e decidi viajar. Apanhei boleia de uma sonda terrestre e mudei de ares!

Gosto das novas transformações que faço, que aqui se traduzem em recuar ou avançar idades de pessoas (os habitantes deste planeta) e/ou mudanças de sexo (o que no meu planeta seria mudar de saco para saca e vice-versa). Houve um grupo que me apanhou (numa zona chamada Felgueiras) e que descobriu o que podia fazer comigo. Usaram e abusaram de tal maneira, que decidi fugir. Por isso, estou agora mais para sul num parque de uma outra cidade.

Já estava habituado a viver neste parque, quando senti que tinha sido descoberto pelo grupo de Felgueiras. Numa noite plástica destas, deixava-me deslizar pelo parque, transportado pelo vento, quando vejo um membro bebé do grupo a gatinhar desalmadamente em direcção a mim.

Num banco, com olhos, mais atrás, estava sentado um humano de consideráveis dimensões que olhava atónito e ofegante para o bebé. Pareceu-me que esboçava um esgar de tentativa de movimentação, mas não passou disso mesmo, pois não se mexeu nem um milímetro.

Enquanto eu aventava fugidiamente, senti que um arbusto (também com olhos!) me agarrava por trás (cobarde!) o que permitiu que o membro bebé conseguisse entrar em mim. Experimentado que estava no meu uso, rapidamente fez o que devia para se transformar. No entanto, esqueceu-se que eu estava agarrado pelo arbusto e enquanto eu esticava, esticava na transformação, passou tempo demais e o membro saiu já velho.

Mas foi aqui que eu fiquei plasticamente atónito. Quando o velho saiu de mim, um bando de humanas histéricas e nuas, saltaram-lhe em cima e imobilizaram-no no chão prendendo os seus braços e pernas com algemas. Nisto, o arbusto levantou-se e o banco também, embora não parasse de gemer, numa confusão de humanos e sirenes e gritos histéricos e aproveito que ninguém vê e deixo-me ir com o vento!

Fui!




Bilhetado por Brunorix às 12:46

Não sei se é na China, mas padece de curiosidade e é por isso que aqui está e se imagina. Se o princípio é de todo matemático, não deixa de ser interessante a possibilidade de fazer o mesmo de outra maneira… e não é brincadeira!

Vale a pena experimentar!


Bilhetado por Brunorix às 11:31

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