Escritas do fundo do mar

28
Nov 08
A sua inocência de vida, tingia-lhe a face de uma rubicunda vergonha. Será que se notava o desejo no seu olhar?! Tinha medo que a maneira lasciva com que os seus olhos tentavam atravessar aquela roupa, fosse denunciante logo no primeiro cruzamento fitado.

Correspondendo às suas súplicas fantasiosas, todos se levantaram e abandonaram a sala. Ficaram só os dois. Pela primeira vez na vida do seu desejo, aquela mulher endeusada na sua paixão, levantava os olhos na sua direcção. Aos olhos juntou o resto do corpo e caminhava para ele. A sua temperatura interna disparou em alarme geral e à excitação voluptuosa que já se via, juntou-se um nervoso incontrolável a cada passo aproximado.

A fantasia parecia estar a tornar-se realidade e já conseguia cheirar o perfume inebriante daquele ser escultural que já estava à distância de uma carícia. A ninfa dos seus sonhos de muitas noites, aproximou-se e sem uma palavra ajoelhou-se à frente da cadeira onde se encontrava nervosamente sentado, e arrancou-lhe de uma só fúria carnal as calças que tapavam todo o seu desejo. Com a mestria própria de uma vida de muitas experiências, engoliu languidamente todo o seu desejo erecto. Poucas investidas de boca depois, e já ele tinha o seu primeiro orgasmo numa explosão de espanto há muito contido.

Deglutidos desejos depois, e aquela mulher de sonho erguia-se à sua frente tirando toda a roupa de uma só vez, revelando um corpo maduro e carregado de desejo. Sentou-se sobre ele e esfregou-lhe os enormes seios (como ele nunca vira) na cara, ordenando que os lambesse avidamente. Ao mesmo tempo, a mão dela descia na busca do desejo dele, fazendo com que desaparecesse no seu interior. Os dois deram graças, pela juventude daqueles 17 anos novamente erectos.

Um ritmo imposto à força do desejo, rangia numa dança assente naquela cadeira enquanto se gritavam desejos surdos de paixão. Ela suplicava por mais velocidade e ele obedecia de vontade, numa entrega subserviente de quem não sabe. Pouco tempo depois, explodiam em conjunto num abraço suado de certeza.

Vestiram-se na velocidade de um silêncio, enquanto sorriam da vitória consumada numa partilha de vontade com muita diferença de idade. Ele sorria, enquanto pensava que jamais esqueceria aquela mulher e a sua primeira vez, quando a campainha tocou num estridente acordar de realidade:

- Então Ricardo, o teste?! Não fizeste quase nada!
- Desculpe Professora, nem dei pelo tempo a passar…


Bilhetado por Brunorix às 17:04

Os maus ventos no canal financeiro afastam-me decididamente do meu café preferido. No entanto, uma ajuda de Natal lá permitiu mais uma magnífica incursão neste mundo partilhado.

Com os episódios que perdi pelo meio, não dei pela mudança de actores. Constatei, por isso, que as voluptuosidades salientes da Lena de Leste desapareceram (e a Lena também), o que origina nesta sequela a que a Rosa se faça acompanhar agora por um Roso Latino (que não sei o nome, mas como a Rosa também é Sandra não faz mal ao relato).

Discutiam estas duas almas da sapiência conjugal, questões sobre o amor numa partilha, como de costume, bem audível. Algumas pérolas apanhadas neste mar de preciosidades, seriam tão boas como: é preciso é que haja amor! Amor ao carro, à casa… (dizia ele). O problema é quando elas ganham mais e depois se fazem à vida e cagam (sic) neles! (rematava ela).

A meio desta erudição, entram dois indivíduos, tipo gajos, com umas vestimentas muito fluorescentes, tipo colete do carro mas de corpo inteiro, e aproximam-se do balcão pedindo num esfregar de mãos aquecedor, típico do frio das 9h da manhã que eram:

- Vai uma cervejinha?
- Tás maluco, a esta hora?! Quero um café com cheirinho…

Dirigi o meu olhar de espectador para o meu galão de menino (as coisas que eu bebo pela manhã!) e pensei em arrotar para dar um ar de macho mais ambientado, mas não consegui e continuei a mastigar a minha sandes de queijo (de boca fechada, o que também destoava!), também de menino, porque entretanto, já um deles pedira uma sandes de torresmo, mas como não havia, comeu um pastelinho de bacalhau!

São estes episódios que se perdem, por não comer fora mais vezes. Efeitos da crise…


Bilhetado por Brunorix às 11:27
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(2 horas de atraso depois)

- O Chefe desculpe, mas houve um acidente e…
- Oh homem, não há problema! É preciso é que compense, hã?!



Bilhetado por Brunorix às 11:12

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