Escritas do fundo do mar

09
Jul 08

Trabalhar. Escrever. Pensar… Sentir o calor das férias a soprar na vontade inversa de fazer o que tem que ser. Sonhar com o lá fora, suspirando de contrariedade. E na verdade?!

Na verdade, sentimos a praia da vontade a marear na obrigação contrária do desejo. E se vejo?! Se vejo, desespero das veias ar puro de partida numa contenda fugida. As paredes engolem o espírito do viajante, num grito constante de liberdade não permitida.

As obrigações impelem as circunstâncias no sentido da direcção e urticam da pele a partida longínqua. Ansiar pelas próximas paragens no autocarro de todos os dias, torna o trajecto penoso e esburacado.

Curtas as palavras de hoje, vencidas pela obrigação do que não apetece. Nem sempre acontece…



Bilhetado por Brunorix às 18:33

08
Jul 08
Massagens de vida
Pele de experiência
Deixam nas marcas do sonho
Sabor suave de medronho
Passagem cumprida
Voz de vivência

Passos de progenitor
Alcances de distância
Fazem da vida o certo
Do momento o concreto
Pedem com alguma dor
Abraços de militância

Damos do tempo a verdade
Fazemos do possível a vontade


Carinhos que sabem
Palavras que dizem
Dançam da ilusão
O traço de uma mão
Que do mal faz bem
E da divisão gizem

Segue a mesma viagem
No laço da partilha
Sem asas de alcateia
Sem pisar a mesma teia
A dois sem paragem
A espreitar pela escotilha

Damos do tempo a vontade
Fazemos do possível a verdade




Bilhetado por Brunorix às 18:40

07
Jul 08
Raízes, ramificações e árvores genealógicas fizeram da cruzada partilha, os dias que passaram. Casaram uns, apresentaram-se outros e conheceram-se muitos. Foi duro, foi de enxurrada, mas passou-se da imagem a linguagem do conhecimento. Foi de peito, está feito e não padece de aparvoamento. Saltaram-se barreiras desconhecidas e conquistaram-se encruzilhadas e vidas.

Este é o Albano, filho do bacano, primo de fulano e irmão do que toca piano. A prima, a filha, a neta e a mãe da maravilha. A sogra, a irmandade, o genro e a verdade. Este é irmão do quem, que é filho do mesmo e primo de alguém. Aquele nasceu do igual, cresceu do futuro e ainda não faz mal. O do meio é tio da ponta e pai do lado, mas isso não conta nem é achado. O avô é pai do tio, o filho neto do que se viu e a avó parece que fugiu. A mãe casou outra vez, a nora que nunca demora, dos dois passou a três. Ali, os netos que já são bis de segunda ida, primos dos anteriores e filhos de vencida.





Do cansaço da jornada, ficou a vitória alcançada e a dança da partilha pelo contentamento. Gostámos de os ver e de os ter por cá. Voltem sempre e dancem muito, que da alegria faremos conjunto e continuaremos a agradecer, as ofertas que o Universo nos dá!

E como as coisas são às maneiras, ainda fomos a jazz ouvir Oeiras!

Bilhetado por Brunorix às 11:15

04
Jul 08
De todos os planos possíveis, este não é um deles… fica a lembrança de um que já foi. Atenção ao amor latente ou patente – dependendo se a perspectiva é do polvo ou do mergulhador – na acção manifestada do gesto.







P.S. – Obrigado aos Vandos por estarem lá, ao DOM pela edição do vídeo e ao Zé Polvo por se deixar beijar!
Bilhetado por Brunorix às 18:31
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100 Bilhetes, 100 viagens e outras tantas paragens. Comecei da piada a ideia e ganhei o vício da escrita diária. Fiz da imaginação criança e sorri das linhas confiança, porque a palavra sempre alcança.

Fui surpreendendo degraus de escada própria, num caminhar divertido e não esperado. Admirei muito os retornos e até ouvi, lido por alguém, na telefonia da globalização. Senti conforto na passada e descobri novas vontades. Fiz da escrita criativa, uma paixão ofertada no sentimento recebido e cumprido! Ainda por cima com continuação…

Descobri que a força do sonho, deve ser escrita para não esquecer o que de memória não se pode dizer. Eternizo conjugações de vontade, exclamações de dúvida, perguntas de certeza e imagens com certeza!

Assim se fizeram escritas de partilha nesta viagem de ida. Aqui está o Bilhete para sorrir e usar!


P.S. - Obrigado a todos por tudo, sobretudo pelo incentivo da descoberta!


Stan Lee apresenta: JUSTICEIRO INCONFORMADO!

Ainda influenciado pelos perfumes da Marvel recente, renovo os meus desejos de super-poderes. A vontade de fazer justiça incógnita pelas minhas próprias mãos, cresce na vontade da minha raiva.

Acalento da criança em mim, o voar mais alto da vida. Numa batalha de esperança, chamava a mim todas forças do universo e justiçava! Justiçava muito, até me doerem as asas da concretização.




Fazia da minha capa de inconformado, a espada da verdade e cortava, cortava, cortava até não poder cortar mais. Apertava o pescoço dos mais parvos até à rouxidão e quando tivessem os pés no ar, abanava-os até partirem pela costura da irritação, atirando depois a vitória contra a parede.

Usava o super-poder do sonho para perscrutar na realização das vontades, com a visão raio-x analisava a maldade dos pensamentos alheios, com a minha sensorialização super poderosa antevia as jogadas idiotas dos que me rodeiam e depois… depois aplicava castigos só com o poder da mente! De vez em quando também distribuía umas galhetas bem dadas. Já tenho uma longa lista de candidatos!

Ou então não! Vestia o meu super-fato e saía por aí super-orgulhoso com o meu super-ar-super! Tipo este... O Super-Parvo! Que olhar ameaçador...


Bilhetado por Brunorix às 12:49

01
Jul 08
Juntos. Nossos. A dois.
E depois?!

Seguidos, vividos
Claros, diferentes
Abatidos, sofridos
Unidos, contentes

Especiais, são demais
De beleza, com certeza
Diferentes, nunca iguais
Escondidos, e ouvidos
Escolhidos dos demais

Seguros, maduros
Certos, discretos
Concretos e abertos

Eternos, modernos?
Garantidos, cumpridos

A sós em nós
Acompanhados
A uma só voz
Desamparados

Contentes, videntes
Verdadeiros, os primeiros
Sentidos, os escolhidos
Entre nós, entre as gentes
Suspirados entre dentes

Agradecidos e comovidos!


Bilhetado por Brunorix às 11:38

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