Escritas do fundo do mar

04
Abr 08


Discuto a razão da vida, que faz do cerne a questão das palavras incorrectas. Ladeio a imagem sagrada, de acólitos momentos de dúvida e angústia. Desço as escadas da descoberta, inseguro do patamar alcançado. Julgo as certezas alcançadas e esqueço as memórias vividas. Colecciono sentimentos pensados e troco espontaneidades adquiridas.


Quando do velejar faço caminho, percebo o navegar da derrota à sombra da nuvem que me acompanha e sinto na memória a arma esquecida da descoberta. Naufrago o que penso conseguir em direcção ao fundo constante das evidências, numa amálgama de cascos e rombos.


No cemitério do crescimento enterro sonhos e desejos. Abro campas de novas ideias e mudo flores noutras tantas. Escuto o silêncio da incompreensão gritada e procuro entender os gritos mudos da revolta que me rodeia. Donde vem tanto barulho?


Sinto a pressão das vontades e penso, a cada braçada que dou, ter alcançado a ilha da tranquilidade depois de nadar no desespero da procura. Afinal não… nado para outra mais à frente. Nadarei sempre até me afogar! Até lá vou escrevendo…
Bilhetado por Brunorix às 13:17

Quentes
Molhados
Sentidos
Ou não

Automáticos
Frios
Distantes
Constantes
Nem por isso

Certos
Concretos
Vulgares
Originais
Outros que tais

Nervosos
Sabidos
Curtos
Compridos

Escritos
Falados
Tocados
Nem vistos

Secos
Saborosos
Gostados
Viscosos

Saudosos…

Bilhetado por Brunorix às 13:11

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