Discuto a razão da vida, que faz do cerne a questão das palavras incorrectas. Ladeio a imagem sagrada, de acólitos momentos de dúvida e angústia. Desço as escadas da descoberta, inseguro do patamar alcançado. Julgo as certezas alcançadas e esqueço as memórias vividas. Colecciono sentimentos pensados e troco espontaneidades adquiridas.
Quando do velejar faço caminho, percebo o navegar da derrota à sombra da nuvem que me acompanha e sinto na memória a arma esquecida da descoberta. Naufrago o que penso conseguir em direcção ao fundo constante das evidências, numa amálgama de cascos e rombos.
No cemitério do crescimento enterro sonhos e desejos. Abro campas de novas ideias e mudo flores noutras tantas. Escuto o silêncio da incompreensão gritada e procuro entender os gritos mudos da revolta que me rodeia. Donde vem tanto barulho?
Sinto a pressão das vontades e penso, a cada braçada que dou, ter alcançado a ilha da tranquilidade depois de nadar no desespero da procura. Afinal não… nado para outra mais à frente. Nadarei sempre até me afogar! Até lá vou escrevendo…