Trabalhar. Escrever. Pensar… Sentir o calor das férias a soprar na vontade inversa de fazer o que tem que ser. Sonhar com o lá fora, suspirando de contrariedade. E na verdade?!
Na verdade, sentimos a praia da vontade a marear na obrigação contrária do desejo. E se vejo?! Se vejo, desespero das veias ar puro de partida numa contenda fugida. As paredes engolem o espírito do viajante, num grito constante de liberdade não permitida.
As obrigações impelem as circunstâncias no sentido da direcção e urticam da pele a partida longínqua. Ansiar pelas próximas paragens no autocarro de todos os dias, torna o trajecto penoso e esburacado.
Curtas as palavras de hoje, vencidas pela obrigação do que não apetece. Nem sempre acontece…