E da semana tenho pouca força
Grito a quem não me ouça
Faço do alento a minha calma
Pois por muita palavra que gaste
Aquele será sempre um traste
E da vida não terá palma
Sinto verde o sabor
Que da esperança fez vitória
Que da alegria fez memória
E que da paixão fez calor
Rugi ao alento do sonho
Abracei irmandade de conho
Gracejei ironias sem dor
Fiz do febril movimento
A mudança que pautou chuva
O chão de que pisei uva
Acertei horas ao momento
Escolhi ponteiros de continência
Reflecti conceitos de inocência
Fiz da razão salvamento
E como sei que a palavra emana
Fiz da dificuldade a teia
Para chegar ao fim da semana
E não ter do texto quem leia