A gritante e chocante linguagem
Que de qualquer nobre faz pajem
Que enfia des a toda a hora
Como deve de ser, já agora
E arrepia o melhor da imagem
Li de uma jornalista e pasmei
Um deve de ser escarrapachado
Ouvi de um doutorado e pensei
Devia de fazer um apanhado?
Assim fiz da irritante razão
A luta de uma simples questão
Se de alguns se percebe motivo
De outros se choca o porquê
Da preposição que não se lê
Que de nada deve ao dever
Mas que insistem em escrever
Seja do morto, seja do vivo
Larguem os des meus senhores
Porque não há relação entre as partes
Deixem o dever sem de nas artes
Não inventem da língua horrores
Nem façam da escrita mutilada
A vergonha da fala arrasada!