Escritas do fundo do mar

05
Nov 08
Estamos no acordar, ainda ressacado, do dia mais importante do ano. Um dia que se quis histórico para a humanidade em particular, para os portugueses em geral e para mim no sentido mais lato do termo lato. O dia 4 de Novembro de 2008, ficará marcado por 3 acontecimentos, a relatar por ordem de importância:

1 – Um pontapé que vale 10 milhões de euros, colocou o Sporting pela primeira vez na história mundial, nos oitavos de final da Champions League. Uma batata redondinha que fez soar um bruá de admiração, ecoou nos atónitos fans de futebol desde a Ucrânia até às Américas, passando aqui pelo local do disparo do Ninja. Olhando para o mapa mundo do acontecimento, pode compreender-se a repercussão global do efeito: gelou ainda mais o leste porque foram os abatatados (apesar de metade da equipa comer picanha e feijão preto), aqueceu os corações verdes de alguns tugas esperançados e ainda atravessou o Atlântico numa noite em que de lá se esperava com ansiedade este resultado. Consta que por aqueles lados, se desfraldaram estas mudanças, tal foi o impacto…




2 – Pela primeira vez na história da literatura portuguesa, é editada uma colectânea de contos policiais, da autoria de 9 bravos e destemidos detectives escritores. Esta forma de escrita, injustamente apelidada de parente pobre do romance, vê nascer assim ecos de esperança, numa noite que já era de impactos.

Ainda verde da euforia do ponto 1, congratulei-me pelo bom hábito português de começar tudo 45 minutos depois da hora prevista, e não perdi quase nada do lançamento. Felizmente que noves fora nada não se aplicou e dos 9 estavam 5 (os outros estavam de certeza a comemorar a vitória do Sporting), mais o coordenador da obra (Pedro Sena-Lino) e, por isso, ainda pude desfrutar dos apalavrados discursos de intenção policial do Rui Zink, da Dulce Maria Cardoso, da Mafalda Ivo Cruz, do Ricardo Miguel Gomes e do valter hugo mãe. Que bem falaram e autografaram o nosso exemplar!



3- Finalmente, e nitidamente, o acontecimento de menor impacto mundial: o Quénia proclamou o 4 de Novembro como feriado nacional. Tudo porque, o filho de um filho da terra ganhou umas eleições no país dos racistas! Segundo consta, parece que até estão a pensar mudar a residência oficial para Casa Preta! Eu não sei, mas eu cá desconfio... parece que ainda lhe dá uns toques arábicos… hum, cheira-me a tiro! Ainda vai dar mais um conto policial. A ver vamos!



Bilhetado por Brunorix às 11:38

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