Já não sei se é do corpo, se da cabeça. Mas da desilusão primeiro que me esqueça… Revolvem-se-me as entranhas da apatia, num sinal que de todo não queria e numa esperança que aos poucos é fugidia.
Já não sei se é do corpo, se da cabeça. Mas este desconforto, que ninguém o mereça. A sensação de mal estar em todo o lado, ao mesmo tempo perdido e achado. Numa névoa de vontade, que me leva para longe a verdade e a certeza de que o que não espera é a idade!
Já não sei se é do corpo, se da cabeça. Mas estou doente, e isso é mesmo coisa que de dia me aborreça e à noite me deixe quente. Mas à moléstia digo presente e à modéstia sou descontente, num escárnio que me ofereça.
Já não sei se é do corpo, se da cabeça…