Hoje, lembro-me que apesar da distância eu gostava de te pegar ao colo. Eras um bebé maciço (característica que te acompanha até aos dias de hoje) e eu tinha uma maneira desajeitada e nervosa de te pegar. Acho que tu gostavas.
Depois, tenho memórias soltas e nem sempre sequenciais do teu caminhar. Mais uma vez, fomos separados da convivência num abraço de destino aceite. Ao nosso crescimento foram roubadas horas e horas de presença e parceria. Não foi culpa de ninguém, mas foi culpa de todos os que não fizemos nada para que fosse de outra maneira. Não foi grave, mas foi entrave.
Mas a verdade, é que desse tempo distante sorrio na praia do riso cavernoso, caminho nas bochechas de buço infantil e acerto as mangas da camisa que vestimos a ouro. E só faltava mesmo sua celênxia o touro!... para rega!
Atravessado o deserto da nossa vivência, sentimos da proximidade o oásis da idade. O que também é natural, pois 7 aos 7 não é igual a 7 aos 27. Saíste miúdo na aurora da nossa partilha e voltaste adulto no crepúsculo do nosso crescer. Transformaste o nascimento de mais um, num marco de vida diferente. Fizeste de ti um homem bom e transparente (como poucos) e gosto de ti por isso. A sensibilidade quase infantil do teu adultíssimo ser, ainda comove as minhas manhãs de espectador atento e sedento. É por isso que anoiteço a rir da nossa cumplicidade!
Um abraço de Parabéns irmão!
Um abraço irmão de Parabéns!
Um abraço irmão, irmão! Parabéns!
Parabéns! Um abraço do irmão!
Irmão, um abraço de Parabéns!
Um abraço pelo irmão! Parabéns!
Parabéns pelo irmão! Um abraço!
(estas duas são para pendurar na galeria da modéstia à parte)