Parto na vingança silenciosa
A vontade de fugir, já idosa
Procurando no sonho da razão
A descoberta do lado de lá
A fuga de ficar por cá
E um dia dizer que não
Faço as malas da vontade
Procuro no fundo a verdade
Silencio revoltas de antemão
Abafo sonhos de partida
E mantenho promessa cumprida
De um dia dizer que não
Recolho vergonhosos sentimentos
De engolir desejos e momentos
Colho plantas no jardim do irmão
Apoio tristezas se me quiserem dar
Encaneço a viagem de um adiar
Sonho um dia dizer que não
Mas salto barreiras de vontade
E sorrio do sonho a verdade
De saber e querer razão
Para no acordar de um voltar
Sentir da força o pulsar
E um dia dizer que não!