Escritas do fundo do mar

27
Mai 10

Com lágrimas de saudade nos despedimos da Ifigénia que mesmo assim ainda aquece os nossos corações. O conto seguinte, por conseguinte, chega de Nova Iorque em pedalada de alto nível. Subtilmente cru deixa-se desenhar no nosso entendimento pela mão da Bárbara Guerreiro Nunes com o Vermelho Imperfeito.

 

As chapadas de realidade literária suscitam em qualquer leitor a vontade de gritar em direcção opinativa. Não é?! Então vá, unam a mão ao pensamento e teclem lá qualquer coisinha de índole crítica. Pedalemos!

 

 


Bilhetado por Brunorix às 16:59

28
Abr 10

Bicicletas com atraso regressam em pedaladas de fúria. Enquanto os tons de África ainda cheiram na página anterior, eis que nos chega o prazer da amizade anunciada em conto sem nó. A qualidade esperada, e ultrapassada, vem da pena criativa da Ana Oliveira com a Ifigénia a Marco António.

 

Se o prazer da leitura tivesse medidor, a escala de satisfação atingiria valores de recorde neste caso. Pedalem na direcção do prazer e não percam esta pérola da sintaxe imaginativa.

 

Bilhetado por Brunorix às 17:19

25
Mar 10

Ainda os mais religiosos enrolam e desenrolam terços assassinos e já os aromas de África em chávena de emoção quente, nos sobem pelas narinas da leitura. Se ao sétimo dia tudo ou nada acontece, ao sétimo conto mudamos o rumo da curiosidade. A ciclista que se segue é a Ana Prado com a Flor de Café.

 

Calma… não se atropelem que só temos um teclado mas há espaço para todos deixarem a sua opinião. O ritmo louco deste Clube deixa alguns sem pedalada para estas bicicletas. É tudo uma questão de treino!

 

 

 

 


10
Mar 10

Enquanto os trajes ainda se arrumam nas gavetas nossa memória a pedalada continua em tons de capítulo seis. Com a falsa modéstia que caracteriza este porteiro do vosso Clube, chegou a vez de me abrir a porta e deixar entrar um outro eu que me habita na alma. O autor que me sigo vem daqui mesmo e pomposamente (e com a mania da grandezas) inventou um nom de plume. Senhoras e senhores: Miguel Aragonez e o Homem de Deus.

 

Compreenderei a falta de vontade em opinar tão paupérrimo conto, mas não se esqueçam que sei onde moram e que perseguirei os membros do Clube um por um sem excepção (o que me deve demorar uns 5 minutos) se cometerem a OUSADIA de não se manifestarem! Isto sem qualquer tipo de pressão sobre a liberdade e os direitos de cada um. No entanto, já sabem que… e eu sei onde… e não se atrevam… e etc…

   

 


18
Fev 10
Com o tempo a roubar tempo para projectos bloguistas, os atrasos que por aqui passam são cada vez maiores, o que enche de tristeza os corações dos milhares de seguidores deste Clube e, sobretudo, o meu.

Justificações passadas, segue a saga do pedal. Depois de um golpe de enfermaria de índole verídico-ficcional, a quinta etapa da volta apresenta-se em trajes de experiência com Madalena Braz Teixeira a.k.a. Madalena Dalage e o Chapéu Preto de Buenos Aires.

Como sempre, o antes e o antes e os outros antes todos ainda se comentam. Pedalem!



 


Bilhetado por Brunorix às 10:46

28
Jan 10
Enquanto o mundo pula e avança as leituras prosseguem a bom pedalar. Depois de atravessar o Atlântico, a quarta etapa desta maratona do pedal segue pelas enfermarias da imaginação. O escritor pedaleiro que agora chega à frente é o Alberto Pereira com Carpe Diem.
 

 

Enquanto se deliciam, o sangue anterior continua fresco e comentável, aqui ou em qualquer favela. Siga!

 

Bilhetado por Brunorix às 19:12

20
Jan 10
A subjectividade temporal mantém-se (até aumentou) e os 3 em 3 dias são assim mesmo: difíceis! As complicações de visual ainda desajudaram mais, mas o importante é não parar de pedalar. A bicicleta seguinte veio do outro lado do Atlântico pelas mãos do Daniel Escobar com Arbítrio de Sangue.

Enquanto as bicicletas mudam de continente, o António Feliciano continua a ser comentado no capítulo anterior desta maratona do pedal. Caros ciclistas da leitura não percam as energias! Boa pedalura (leitura a pedalar? Pedalada a ler? - uma delas!).


 

 

 

 

13
Jan 10
Quem diz 3 diz 6. Toda a gente sabe que de 3 em 3 dias é um conceito de subjectividade temporal que pode variar entre os ditos 3 e outros tantos mais. Neste caso 6. Premissas à parte passemos à segunda bicicleta desta viagem de colectâneas. Segundo a ordem editorial da obra a autora que se segue é a Manuela Fabião com António Feliciano ou a Persistência da Memória.

O Abílio da Drogaria está passível de comentários no post anterior enquanto as delícias do pedal se fazem ao som deste próximo conto. Dentro de 3 dias (subjectivos, claro) lançaremos mais uma bicicleta e comentamos esta. Boas pedaladas!




07
Jan 10
Iniciado o ano e o frenesim do Clube (que continua modesto), arranca hoje a leitura do primeiro conto das Bicicletas para Memórias & Invenções 5. A primeira vítima dos milhares de leitores que seguem este Clube (e a modéstia é decididamente o tom deste ano) é o Manuel Alonso com O Abílio da Drogaria.

De 3 em 3 dias é lançado um novo conto e comentado o anterior. Os autores estão também convidados a vir alvitrar algumas considerações se tiverem tempo entre as sessões de autógrafos (eu não digo?! Que modéstia!).

Senhoras e senhores: está oficialmente aberta a época do pedal!




29
Dez 09
Felizes as coincidências que afinal existem e transformam as votações mais inocentes em montras de escrita. A maioria decidiu, está decidido! Sem qualquer pressão, os livres votantes votaram.

As vicissitudes implícitas à obra em causa, implicam uma gestão diferente e, por isso, como foi até sugerido, serão lidos todos os contos de per si, cada um com direito a comentários, criticas, sugestões, arrasos (poucos), teorias, opiniões, etc.

Cada um dos autores fica desde já convidado a participar e a opinar também. Bicicletem-se!




P.S. Como a altura é festiva e pouco bloguista, lanço o primeiro conto em Janeiro. Até lá, despeçam-se do que não interessa e abracem o novo ano como acharem melhor!
Bilhetado por Brunorix às 19:41

18
Dez 09
Motivados sabe-se lá porque acontecimento, decidimos (sim todos) colocar para votação, e pela primeira vez, colectâneas de contos de vários autores (engraçado como as colectâneas podem ser de vários). Uns que se estreiam, outros que se estranham outros ainda que se entranham e muitos que se espalham (incluindo um tal de Aragonez). Por proximidade à causa e à presença nos respectivos lançamentos, decidimos (sim, já disse… todos) enunciá-los por ordem cronológica da sua publicação. Posto isto e mais os factos:


1 – Contos Policiais – : Dulce Maria Cardoso, Francisco José Viegas, Gonçalo M. Tavares, Hélia Correia, Mafalda Ivo Cruz, Mário Cláudio, Rui Zink, valter hugo mãe e Ricardo Miguel Gomes.



«É um crime, caro leitor. Um crime! A vítima somos nós, leitores portugueses, e não há dados que nos apontem para um possível assassino. É praticamente um dado unânime que a literatura portuguesa é vítima de um crime de ausência: a do policial entre a nossa ficção. (...) Talvez a melhor solução seja mesmo um livro de contos policiais, com uma mira atirada à própria cultura de um país. Daí este livro que tem em mãos...» Pedro Sena-Lino

Nove destemidos autores portugueses aceitaram o desafio de escrever um conto policial. O resultado desta perigosa experiência é um tiro certeiro: nove contos policiais de alto calibre!

Coordenada por
Pedro Sena-Lino, esta colectânea de Contos Policiais é a obra inesperada do ano (2008), com incalculável valor literário.



2 – Contos de Vampiros – Ana Paula Tavares, Gonçalo M. Tavares, Hélia Correia, João Tordo, Jorge Reis-Sá, José Eduardo Agualusa, Miguel Esteves Cardoso, Rui Zink e Susana Caldeira Cabaço.



«É essa a substância, a natureza do vampiro: fazer temer a invasão do outro no meu espaço corporal, no primeiro e mais claro reduto da minha identidade. E assim perder a própria existência, metamorfoseando-me no outro. Atenção, caros leitores: porque ao ler este livro é isso que está em jogo - perder a própria identidade!»
Pedro Sena-Lino (in Nota Introdutória)

Por favor não me leia o pescoço. Lembra-se do filme? Agora tem um livro: nove terríveis contos de vampiros, originais e assinados por autores portugueses contemporâneos, directamente para os seus maiores receios de leitor! A partir do momento que iniciar a leitura, a responsabilidade é inteiramente sua.

Coordenada por
Pedro Sena-Lino, a colectânea que satisfaz os desejos mais obscuros de qualquer leitor!



3 – Bicicletas para Memórias e Invenções 5 – Alberto Pereira, Ana Alves Oliveira, Ana Prado, Bárbara Guerreiro Nunes, Daniel Escobar, Madalena Braz Teixeira, Manuel Alonso, Manuela Fabião, Miguel Aragonez, Pedro Ladeira Barros e Rodrigo Miquelino.



Trazer para a luz: o trabalho que procuramos desenvolver nos cursos de escrita criativa da Companhia do Eu. Trazer para a luz ideias, talentos, histórias, dentro de cada aluno que escreve; e depois desse processo, trazer para a luz o próprio conto (…) Porque a luz só é luz se for partilhada.
Pedro Sena-Lino (in Nota Introdutória).


Sem qualquer pressão ou influência (como sempre) eu sei onde é que moram! Por isso muito cuidadinho com a votação sim?! Se tiverem dúvida votem na capa mais bonita, ou mais cor-de-laranja, ou que tenha uma bicicleta, por exemplo.



P.S. - Se clicarem nos títulos podem saber mais qualquer coisa sobre os respectivos lançamentos.

Bilhetado por Brunorix às 13:24

30
Nov 09
Uma semana, e mais qualquer coisinha, depois (este volume também é maior que os outros) encontramo-nos perante o triste, mas muito saboroso, final desta magnífica trilogia. Enquanto a intriga se adensa, e o nosso interesse também, novos personagens se cruzam no nosso imaginário de leitores.

Além de comentar este volume em particular, seria interessante enquadrar a perspectiva da trilogia como um todo. Quais serão as principais mensagens que Stieg Larsson quis passar com esta história? Será “apenas” uma teia ficcional ou estaremos perante um profunda análise sociológica e cultural? Estas e outras questões merecem que alvitreis as impetuosidades que este Millennium vos insurgiu. Por isso, alvitrai!


- Millennium 3: A Rainha no Palácio das Correntes de Ar – Stieg Larsson



P.S. – Já agora, poderiam alvitrar as próximas escolhas.
P.S.2 – Prometo que já não alvitro mais esta palavra.

Bilhetado por Brunorix às 15:49

18
Nov 09
Mais uma semana que passou neste milénio de leitura e vício que nos envolve nas malhas editoriais da Millennium e seus pares. Os mistérios adensam-se, as intrigas desenvolvem-se e afinal quem é Lisbeth Salander, essa personagem intensa a que ninguém consegue ficar alheio?

Numa mistura de violência e manipulação humana, este segundo volume é a continuação (melhorada) da genialidade de Stieg Larsson. Façam-se ouvir (e ler) os vossos incendeios opinativos sobre esta continuação. Ele há coisas bem queimadas, não há?!

- Millennium 2: A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um Fósforo – Stieg Larsson




Destapada a manta da curiosidade, inicia hoje a leitura descoberta do terceiro e último (ou não!) volume da trilogia. Daqui a uma semana encerramos o capítulo Larsson aqui no Clube. Até lá deliciem-se e aproveitem para pensar nas sugestões para a próxima escolha. Continuação de bom milénio para todos!

- Millennium 3: A Rainha no Palácio das Correntes de Ar – Stieg Larsson




Lisbeth Salander sobreviveu aos ferimentos de que foi vítima, mas não tem razões para sorrir: o seu estado de saúde inspira cuidados e terá de permanecer várias semanas no hospital, completamente impossibilitada de se movimentar e agir. As acusações que recaem sobre ela levaram a polícia a mantê-la incontactável. Lisbeth sente-se sitiada e, como se isto não bastasse, vê-se ainda confrontada com outro problema: o pai, que a odeia e que ela feriu à machadada, encontra-se no mesmo hospital com ferimentos menos graves e intenções mais maquiavélicas... Entretanto, mantêm-se as movimentações secretas de alguns elementos da Säpo, a polícia de segurança sueca. Para se manter incógnita, esta gente que actua na sombra está determinada a eliminar todos os que se atravessam no seu caminho. Mas nem tudo podia ser mau: Lisbeth pode contar com Mikael Blomkvist que, para a ilibar, prepara um artigo sobre a conspiração que visa silenciá-la para sempre. E Mikael Blomkvist também não está sozinho nesta cruzada: Dragan Armanskij, o inspector Bublanski, Anika Gianini, entre outros, unem esforços para que se faça justiça. E Erika Berger? Será que Mikael pode contar com a sua ajuda, agora que também ela está a ser ameaçada? E quem é Rosa Figuerola, a bela mulher que seduz Mikael Blomkvist?


10
Nov 09
Uma semana depois, conforme combinado entre todos (aqueles), começam os comentários do milénio sobre a Millennium. Não percam a oportunidade de justiçar as vossas opiniões acerca da primeira parte de uma trilogia (que segundo consta vai passar a quadrilogia):

- Millennium 1: Os Homens que odeiam as MulheresStieg Larsson




Inicia hoje a leitura do segundo volume, com comentários garantidos daqui a uma semana:

- Millennium 2: A Rapariga que Sonhava com uma Lata de Gasolina e um FósforoStieg Larsson



Neste segundo volume da trilogia Millennium, Lisbeth Salander é assumidamente a personagem central da história ao tornar-se a principal suspeita de dois homicídios. A saga desenvolve-se em dois planos que se complementam e só a solução do primeiro mistério trará luz ao segundo: Há que encontrar os responsáveis pelo tráfico de mulheres para exploração sexual para se descobrir por que razão Lisbeth Salander é perseguida não só pela polícia, mas por um gigante loiro de quem pouco se sabe.

«...de boa leitura, escrito com persistente e tranquila clareza, com um sentido do bem e do mal que por vezes faz pensar em literatura juvenil (para adultos) e com um elenco de personagens que conseguem ao mesmo tempo ser excêntricas e ter alguma profundidade.»
Revista Expresso

«...muito suspense ,muitas cenas de acção e um final extraordinariamente inverosímil. O golpe de génio de Larsson é assumir os estereótipos narrativos e dar-lhes a volta, criando com eles um labirinto de desafios intelectuais que o leitor percorre avidamente...»
Revista LER

«Lê-se sem esforço, muito pelo estilo de escrita de Larsson, pela espessura dos próprios personagens, pela riqueza do detalhe que leva o leitor até uma Suécia diferente daquela que imagina. Uma Suécia obscura, povoada por personagens não menos obscuros, vindos de um passado que não se sabe se distante ou próximo, fantasmas que ensombram o presente.»
Os Meus Livros

03
Nov 09
Tá dito, tá dito! As vontades terciárias de todos ditaram que A trilogia Millennium de Stieg Larsson arrebatasse a concorrência com 83% dos votos. Por sugestão de vários membros (me, myself and i) vamos ler um de cada vez porque cada um deles merece a honra de ser comentado. Não impede que agora, durante ou no fim se comente com enquadramento no todo.

Ao ritmo de um por semana (até porque quase todos já leram) iniciamos com o primeiro dos três (como se isso fosse normal numa trilogia):

- Millennium 1: Os Homens que odeiam as MulheresStieg Larsson



Mikael Blomkvist é um jornalista de meia-idade, divorciado, que tem passado a sua vida a denunciar a corrupção do mundo dos negócios de Estocolmo na sua revista Millennium. Quando Henrik Vanger, um poderoso empresário, o convida para um trabalho de investigação, Mikael tem nas mãos material irrecusável. Mas para sua surpresa descobre que, desta vez, esse material não tem nada a ver com escândalos financeiros, mas com o desaparecimento da sobrinha do empresário, Harriet, 36 anos antes, num encontro de família. Com a ajuda da sua nova e rebelde parceira, Lisbeth Salander, uma hacker de alto nível com problemas de comportamento social, irão desvendar muitos segredos da família de Henrik, até então escondidos na penumbra.


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